Movimentocasadasonzejanelas compartilhou a publicação de Eder Chiodetto.
Eder Chiodetto com Alexandre Sequeira e outras 10 pessoas.
CONVERSEI
AGORA COM ALEX ATALA sobre o projeto que extinguiu (e não desalojou
apenas) o Espaço Cultural Casa das Onze Janelas para que no histórico
prédio seja implantado, à revelia da
classe artística e dos cidadãos em geral, o Centro Global de Gastronomia
e Biodiversidade na Amazônia. O projeto conta com a participação de 10
instituições, entre elas o Instituto ATÁ, de Atala.
Em virtude do post abaixo que publiquei ontem, Atala fez contato por intermédio de um amigo em comum e me ligou. Queria explicar sua posição.
Coloquei a ele que a classe artística de Belém, e do Brasil, está bastante revoltada com a arbitrariedade dessa decisão, já publicada em Diário Oficial pelo governador Simão Jatene, para surpresa geral de todos que aguardavam o chamado para algum diálogo.
Atala disse-me que não partiu dele ou de sua equipe a escolha da Casa das Onze Janelas para sediar o polo gastronômico. "Para mim pode ser em qualquer outro lugar na cidade desde que tenha condições de abrigar tudo que planejamos".
"Mas o que circula é que você teria pedido exclusivamente o prédio do Museu", eu lhe disse. "Assim como a classe artística agora está me acusando de ter pedido a Casa das Onze Janelas, o governo também me usa como escudo", disse o chef.
Perguntei então se ele conversaria com o governador no sentido de reverter a decisão já tomada de fechar o Museu. Não senti muita convicção, confesso, mas ele disse que "se for preciso chegar a esse ponto, sim".
Eu disse que seria preciso chegar a esse ponto sim, pois ele é quem está no holofote dessa história e tem poder para reverter os erros já cometidos. Por fim comentei que muitas das pessoas com as quais estou conversando no Pará não são contra a existência do polo gastronômico. Mas que mesmo a implantação desse deve ser feita às claras, dialogando com a população local.
Sugeri, como os amigos locais estão dizendo, áreas também à beira Rio com prédios super importantes - e lindos - da arquitetura local que estão abandonados.
"Um projeto desse, contigo à frente, Alex, pode ajudar a revitalizar um prédio, uma região, criando elos, linkando gastronomia, cultura popular, arte. Pô Alex, é muito mais legal chegar assim na cidade do que desalojando um museu tradicional levando-o à extinção - afinal, não dá para ser Museu das Onze Janelas se for num outro endereço, né? No mais, não tem nada de mais bonito e genuíno que juntar arte e gastronomia, sobretudo numa cidade mágica e criativa como essa. Belém!". Ele respondeu que não tem nenhum argumento a favor dessa ação de ocupar o Museu das Onze Janelas. Disse, por fim, que pode ser o interlocutor entre a classe artística e o governo nessa questão.
Amigos de Belém. Vamos em frente. Tem que rolar uma comissão pra ir dialogar com essa gente. Tem reunião no Fotoativa hoje, certo? Saindo uma comissão daí coloco-os em contato com Atala para avançar na conversa.
Em virtude do post abaixo que publiquei ontem, Atala fez contato por intermédio de um amigo em comum e me ligou. Queria explicar sua posição.
Coloquei a ele que a classe artística de Belém, e do Brasil, está bastante revoltada com a arbitrariedade dessa decisão, já publicada em Diário Oficial pelo governador Simão Jatene, para surpresa geral de todos que aguardavam o chamado para algum diálogo.
Atala disse-me que não partiu dele ou de sua equipe a escolha da Casa das Onze Janelas para sediar o polo gastronômico. "Para mim pode ser em qualquer outro lugar na cidade desde que tenha condições de abrigar tudo que planejamos".
"Mas o que circula é que você teria pedido exclusivamente o prédio do Museu", eu lhe disse. "Assim como a classe artística agora está me acusando de ter pedido a Casa das Onze Janelas, o governo também me usa como escudo", disse o chef.
Perguntei então se ele conversaria com o governador no sentido de reverter a decisão já tomada de fechar o Museu. Não senti muita convicção, confesso, mas ele disse que "se for preciso chegar a esse ponto, sim".
Eu disse que seria preciso chegar a esse ponto sim, pois ele é quem está no holofote dessa história e tem poder para reverter os erros já cometidos. Por fim comentei que muitas das pessoas com as quais estou conversando no Pará não são contra a existência do polo gastronômico. Mas que mesmo a implantação desse deve ser feita às claras, dialogando com a população local.
Sugeri, como os amigos locais estão dizendo, áreas também à beira Rio com prédios super importantes - e lindos - da arquitetura local que estão abandonados.
"Um projeto desse, contigo à frente, Alex, pode ajudar a revitalizar um prédio, uma região, criando elos, linkando gastronomia, cultura popular, arte. Pô Alex, é muito mais legal chegar assim na cidade do que desalojando um museu tradicional levando-o à extinção - afinal, não dá para ser Museu das Onze Janelas se for num outro endereço, né? No mais, não tem nada de mais bonito e genuíno que juntar arte e gastronomia, sobretudo numa cidade mágica e criativa como essa. Belém!". Ele respondeu que não tem nenhum argumento a favor dessa ação de ocupar o Museu das Onze Janelas. Disse, por fim, que pode ser o interlocutor entre a classe artística e o governo nessa questão.
Amigos de Belém. Vamos em frente. Tem que rolar uma comissão pra ir dialogar com essa gente. Tem reunião no Fotoativa hoje, certo? Saindo uma comissão daí coloco-os em contato com Atala para avançar na conversa.
* Foto do site site www.agenciapara.com.br,
orgão de comunicação oficial do governo, com legenda que anuncia a Casa
das Onze Janelas como ícone do polo gastronômico. Inclusive com versão
para baixar a foto... Argh
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